A quarta personagem não é pintor… nem se trata de uma
pintura sobre tela, à boa maneira dos clássicos; antes uma mera fotografia, de
feliz conjuntura.
…Na Biblioteca da Universidade Católica de Lisboa, de
que o Comendador Sebastião Alves era mecenas, onde iria ser distinguido com o
grau de Doutor Honoris Causa, em reconhecimento pelo seu labor de décadas, em
prol do desenvolvimento do País, nas áreas industriais e culturais,
nomeadamente nos sectores Farmacêutico, Editorial e de Transformação de
madeiras.
De Lisboa (Benfica) e da Vala do Carregado para grande
parte dos países do Mundo, seguiram milhares de milhões de unidades de produtos
farmacêuticos, exportados após produção pelos Laboratórios Atral-Cipan.
Da Editorial Verbo, através do seu braço comercial
Crediverbo, seguiram para os lares deste País, muitos milhares de livros, até
então inéditos em Portugal.
E das matas do Centro milhares de toneladas de
madeiras de pinheiros e eucaliptos foram trabalhadas nas fábricas de
aglomerados de Proença-a-Nova e de celulose de Vila Velha de Ródão.
Muitos equipamentos didácticos (aparelhos para o
ensino da Física, Química, Ciências Naturais, História, Geografia, etc.) foram
distribuídos pela Tecnodidáctica a que o Comendador sempre deu carinho
especial.
Deste Senhor Sebastião Alves com quem tive a honra de
trabalhar durante décadas e de por ele ter sido conduzido ao cimo da hierarquia
empresarial, pouco mais direi.
Porém, com a reserva que me impede de correr qualquer
indiscrição sobre os temas das muitas horas de conversas para que me convocou,
direi que era possuidor de uma inteligência brilhante, de uma rapidez de
raciocínio ímpar, de uma cultura geral enorme e de conhecimentos na área da
Química, Bioquímica e Afins, ao nível de Catedrático.
Escrevia bem e era leitor compulsivo – receio que se
tenham tresmalhado muitas coisas que escreveu…
O Senhor Padre Sousa, era, ao tempo, vigário da igreja
Matriz de Mação (meu concelho), ido de Proença-a-Nova, e onde teve ligações com o Comendador Sebastião Alves (natural
de uma pequena aldeia próxima da vila).
Foi convidado, junto com a terceira personagem, dr.
José Carlos Gueifão, director-adjunto do Jornal Voz da Minha Terra, de Mação,
de que, como vigário e consequente inerência, o Sr. Padre Sousa era Director.
Completas as identificações dos 3 Homens, restam as explicações
quanto às expressões.
Sem dúvida, personalidades difíceis e alguma
expectativa quanto aos interlocutores.
O que melhor se sentiria, porque
conhecia os restantes era o Senhor Padre Sousa; já que o Comendador e o dr. José
Carlos não se conheciam; nem ficaram a conhecer-se, seguramente.
Mas, não há
sinais visíveis de desconforto provocados pelo encontro.
Quando tive oportunidade de explicar ao senhor
Comendador que o dr. José Carlos foi bancário e fazia parte do grupo dos que,
sem ajudas e apenas pela sua própria força, atingiu lugar de topo na hierarquia
do Banco, onde trabalhou, apenas acrescentou duas palavras: gostei dele.
Quanto a mim, reservo-me a honra pelo testemunho do
evento e a pintura do quadro.